čtvrtek 13. března 2008

Primeiras impressões de São Paulo - tradução de Ivam do meu texto tcheco

Já levo uma semana no Brasil. Ainda não me afago à ideia... talvez um pouco, mas ainda não muito. A maior parte do tempo parece-me como estar na Espanha ou na França. Talvez porque estou aqui numa jaula de ouro. Em breve, tive a „sorte“ de ter nascido na Europa e por isso me sinto BEM. E isso seguro que não pode dizer a maior parte do Brasil... ou, para o caso, São Paulo. Grandes, imensas, terríveis diferenças “de classe” rebentam-te nos olhos em qualquer esquina. Acorda na gente o instinto humanitário e então parecem-lhe repulsivas essas pessoas ricas, que vivem essa vida bela onde tudo é surpreendente... E ao pé fica a miséria e a necessidade das pessoas que moram em lugares que são simplesmente inabitáveis. À gente ocorrem-se-lhe algumas ideias... de como mudar este mundo. Olho! E isso que ainda não vi nada. Confirmo que som muito atenta e sigo as recomendações dos demais. Tenho que confessar que me comovi bastante. De não ser por todos esses avisos ao meu redor, a gente tem a impressão de que aqui se vive de forma mais ou menos normal. Mas, logicamente, longe de isso: a miséria roça com um consumismo e uma riqueza incríveis. Não quero com isso dizer que eu não sou consumista, bem ao contrário, mas aqui isto é levado até ao extremo. Todos – “os morenos” – te servem. Por exemplo, chega diante de um restaurante qualquer e lá deixa a chave para o garçom, e ele vai estacionar... À saída aguarda a que lho traga, ainda que o carro esteja a apenas 5 metros da porta. Aguarda na fila mentres lho traz. E isso é o mesmo no supermercado, na estação de gás, por toda a parte... E a pessoa nem necessita ser rica, como a gente pensaria na Europa. A sociedade está bastante estritamente dividida: “brancos” = ricos, morenos = “pobres”. E outro tanto se passa na televisão, é difícil mirar gente“de côr”. Homem, também. Menos, isso sim. E eu pensava que os brasileiros são mulatos, pretinhos... São e, de facto, maioria... Tenho que dizer que me repuna bastante. Não gosto dessa posição do branco altanado. Mas não tem aqui esse racismo direito. Bem ao contrário, os brancos dizem que é mais racista a gente de côr –e não me estrano. Porém moro aqui ainda uma semana e é tão complicado, que não me quero meter em juíços maiores... talvez com o passo do tempo. Quero dizer apenas que esse resplendor e essa miséria são revoltantes. Também peço desculpas que no meu blogue tem mais fotos que impressões. Por causa do tempo é mais simples colar fotos do que escrever. Tento melhorar. E à parte de isso, estou bem. Para a sua informação: ainda não ensinei. Já tenho mirado o “Centro tcheco”, alguns “tchecos”, tenho falado com eles. Semelha uma brincadeira quando com uma senhora de 85 anos me ponho a falar da sopa „kyselo“ e de Železny Brod... no meio de São Paulo. Todos os dias se passa algo, porém realmente estou sozinha – não me queixo, simplesmente confirmo. É uma boa forma de relaxar: leio sobre o Brasil, miro televisão, aprendo português, vou comprar à loja e conheço novos produtos..., escuto música brasileira, observo a gente quando vou fóra. Isto vai correr um pouco mais depressa quando começar a ensinar. Vamos ver... Polo demais, já sabem que estou morando em uma casa. É uma casa bastante grande. E até agora tenho estado mais bem sozinha, duas vezes por semana vém Luzia – uma vovó pretinha, muito engraçada, que faz aqui o serviço doméstico já por 18 anos. É toda uma prova de valor passar aqui a noite só. A senhora Klouba reconstrui uma sua outra casa, e fica lá. Sim, ela já tem dormido aqui. Também batemos o papo – em tcheco. Porém ja durmo aqui só 4 noites. Disse para mim que não vou ter medo, senão dentro de pouco vou perder os nervos. Ao redor vigia um serviço... a coisa é também, quem pode estar segura de esse cara. Oficialmente começo a ensinar em Abril. Deveria ter regularmente 21 horas por semana. Não está mal, já tive mais. E o que vivi aqui a primeira semana: -Estive nos supermercados... mirando gente, coisas, produtos... Tem cá uns imensos centros comerciais, onde há apenas lojas de marca e a gente vai de shopping. E até que enfim lá atopa até uma capela... é essa foto no blogue, onde é escrito “Aqui mora Deus”. A gente se admira!!! -Estive também em um rodízio. São restaurantes onde a gente pode comer até rebentar, se é que agüenta, e tudo por um único preço. Sobre isso têm um vídeo e algumas fotos com essa carne. Bom, de facto não foi nem tão barato, como diriamos –custou-me 60 reais (24 E), o que para nós 600kč. Precissamente por isso tem mais baratos, sobre tudo para o jantar... Mas já não é tão fresco. -Também estive, o meu primeiro Domingo aqui, quando cheguei- em um clube de vela de uma gente muito snob... Estive falando com uma lady inglesa... meia frase em inglês... meia frase em português... eu apenas assentia e sorria... receita recomendada para quando não vão compreender, que aplico desde os tempos quando aprendia francês. -Uma vez até decidi aventurar-me até ao centro da cidade. Bom, leva quase 2 horas de ônibus, trem ligado com metrô e metrô. A isso chamo eu um estudo...Com o trem a gente pode observar ao redor... concreto, concreto e mais concreto... É uma cidade horrível. Isto não é belo... e confesso que lembrei da paz de Liberec, do Paraíso Tcheco... À floresta talvez farei a minha primeira excursão depois do regresso... Por toda a parte tem tal quantidade de gente... Todos se colam a um… corpo com corpo... Por exemplo quando sobe desde o metrô polas escadas mecânicas... Cheguei até ao centro, fui à catedral da Sé e depois outra vez 2 horas para regressar. Além de isso não paseei muito polo centro ao redor da catedral... Precissamente diante da catedral tem um parque. Que antro!!! Lá não é recomendável passear nem polo dia... menos mal que já me tinham advertido.... -E no que se refere ao português, bastante bem, melhor o comprendo na televisão do que da gente direitamente... vai que vém. Pior é falar... confundo-o horrivelmente com o espanhol. Por vezes compreendem-me, por vezes não. -Também me aguarda o martírio da polícia de estrangeiros...Tenho que cadastrar-me. Ainda vai ser uma aventura, a ver quem vem comigo, polo de agora ninguém está polo lavor. -Além de isso é agradável morar na casa da senhora Kloubová, cômodo, apenas 500m do lugar onde vou trabalhar, o que é um presente do céu, quando a gente se imagina a imensidão de São Paulo. -O cachorro Woofi é bomzinho, já me cheirou... ainda tem boço, mas já fomos juntos de carro...Não será problema... -Aliás a senhora Kloubová é também muito engraçada, so que não tem muito tempo para mim... o que compreendo... eu também não posso pedir... Então aguardo que lhes tenho aclarado como vivo, o que faço polo de agora... Durante a Páscoa vou ir a Minas Gerais... região de extração de ouro. Talvez pago uma clássica viagem de grupo organizada, de outra forma estaria sempre em São Paulo, e do ponto de vista da segurança, da que precissamente se fala por toda a parte, uma pessoa só não pode, quando não é rico. Antes de nada precissaria que alguém me ensinasse como mexer-me por aqui… Então, finalmente vou ter que tentá-lo sozinha... ainda que me vai levar mais tempo e talvez até saia inteira de isso. Meus cumprimentos para tod@s. Passem bem!!! pm

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